Acondicionamento, Rotulagem e Etiquetagem: Garantindo a Segurança no Transporte de Material Biológico

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Acondicionamento, Rotulagem e Etiquetagem:

O transporte de materiais biológicos é uma atividade crucial que exige alto nível de segurança, precisão e conformidade com normas regulamentadoras. Na Full Time Logística, somos especializados em armazenagem e transporte de materiais biológicos, medicamentos e insumos hospitalares. Para garantir um serviço seguro e eficiente, seguimos rigorosamente as orientações das principais agências reguladoras, como a ANVISA, ANAC e OMS, além de incorporar as mais recentes tecnologias disponíveis no mercado.

Este blog explora detalhadamente o transporte de materiais biológicos, abordando tipos de embalagens permitidas, exigências de documentação, e como nossas soluções logísticas atendem a esses requisitos. Inspirado pelo Manual de Transporte de Material Biológico da ANVISA, destacamos aspectos essenciais como biossegurança, etiquetagem, acondicionamento e muito mais, fornecendo um guia completo para garantir a integridade e segurança durante todo o processo de transporte.

Classificação de Materiais Biológicos

Categoria A

Materiais biológicos classificados como Categoria A são substâncias infecciosas que representam um alto risco de infecção para seres humanos. Exemplos incluem culturas de microrganismos patogênicos, como vírus e bactérias altamente perigosos (UN 2814 ou UN 2900). Este tipo de material exige medidas rigorosas de acondicionamento, rotulagem e documentação para prevenir qualquer risco de contaminação.

Categoria B

A Categoria B abrange materiais biológicos infecciosos ou potencialmente infecciosos que não se enquadram nos critérios da Categoria A. Incluem-se aqui amostras para diagnóstico clínico que podem conter agentes patogênicos conhecidos ou suspeitos, como amostras de pacientes com suspeita de infecção por HIV ou HBV (UN 3373).

Embalagem Tríplice: A Base da Segurança

A embalagem adequada é um dos principais fatores para assegurar que o material biológico chegue ao seu destino sem comprometimento. Para isso, utilizamos a embalagem tríplice, composta por três camadas:

  • Recipiente Primário: Estanque, garantindo vedação à prova de vazamentos, resistente a impactos e impermeável. Ideal para líquidos e sólidos biológicos, como amostras de sangue.

  • Embalagem Secundária: Também estanque e fabricada com materiais resistentes. Seu objetivo é conter qualquer vazamento da embalagem primária e evitar contato entre recipientes, com a ajuda de separadores e materiais absorventes.

  • Embalagem Externa (Terciária): Rígida e resistente, protegendo todo o conteúdo contra choques, quedas ou pressão. Utilizamos caixas plásticas, metálicas e outros materiais que atendem às normas internacionais para transporte aéreo e terrestre.

Essas três camadas garantem que, mesmo em situações adversas, o material biológico esteja protegido, mantendo suas propriedades intactas e evitando riscos de contaminação.

Rotulagem e Etiquetagem

A etiquetagem e marcação são cruciais para que todos os envolvidos no processo de transporte saibam como manusear corretamente os materiais.

Categoria A

Para materiais biológicos de Categoria A, as embalagens externas devem conter:

  • Símbolo: Três meias-luas crescentes superpostas em um círculo.

  • Etiqueta de Risco: Losango com dimensões mínimas de 100 mm x 100 mm, fundo branco e inscrições pretas. Deve conter o número “6” no canto inferior e a descrição: “Substância infecciosa – Em caso de danos ou vazamento notifique imediatamente a autoridade de saúde pública”.

  • Marcações Externas: Nome e endereço do remetente e destinatário, código numérico da ONU (UN 2814), designação correta da remessa e setas de orientação quando aplicável (para volumes superiores a 50 ml).

Categoria B

Para Categoria B, utilizamos:

  • Marca UN 3373: Deve ser claramente visível e legível, posicionado em um losango de pelo menos 50 mm em cada lado.

  • Informações Externas: Nome e endereço do remetente e destinatário, responsável técnico e código da ONU.

  • Frase de Risco Mínimo: Para espécimes humanos de risco mínimo, a embalagem externa deve conter a frase: “Espécime humano de risco mínimo” ou “Exempt human specimen”, conforme o idioma apropriado.

A correta rotulagem não apenas cumpre com as regulamentações, mas também serve como um alerta visual para todos os envolvidos no manuseio, garantindo a segurança durante todo o transporte.

Documentação Essencial

A rastreabilidade é um pilar essencial no transporte de materiais biológicos. Na Full Time Logística, cada transporte é acompanhado por um conjunto de documentos que garantem conformidade e segurança:

Categoria A

  • Transporte Aéreo:

    • AWB (Airway Bill) para transporte internacional.
    • Declaração do Expedidor de Artigos Perigosos (DGD).
    • Certificado de Conformidade das embalagens.
    • Notificação ao Comandante da aeronave.
    • Lista detalhada do conteúdo colocada entre a embalagem secundária e a externa.
  • Transporte Terrestre:

    • CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico).
    • Informações completas do destinatário e remetente.
    • Contato de responsável técnico disponível 24 horas.

Categoria B

  • Transporte Aéreo:

    • CT-e para transporte doméstico ou AWB para internacional.
    • Declaração do Expedidor de Artigos Perigosos (DGD).
    • Certificado de Conformidade das embalagens.
    • Lista detalhada do conteúdo.
  • Transporte Terrestre:

    • Documentos fiscais contendo endereços completos, informações do veículo, e contato de responsáveis técnicos.

A documentação adequada não apenas assegura a rastreabilidade, mas também facilita a fiscalização e conformidade com as normas vigentes.

Biossegurança no Transporte de Materiais Biológicos

Seguindo as diretrizes de Biossegurança da ANVISA, os profissionais envolvidos no transporte de materiais biológicos são treinados para utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas e máscaras, minimizando qualquer risco de contaminação.

Protocolos de Emergência

Em caso de incidentes, como vazamento ou quebra de embalagens, nossa equipe está preparada para acionar os seguintes protocolos de emergência:

  1. Evitar Manuseio Desnecessário: Minimizar o contato com a embalagem avariada para evitar exposição.
  2. Isolamento: Separar embalagens contaminadas e isolar a área para prevenir contaminação adicional.
  3. Notificação: Informar imediatamente as autoridades competentes, como a vigilância sanitária, e notificar o remetente e destinatário.
  4. Procedimentos de Quarentena: Seguir orientações dos órgãos de vigilância sanitária para controle de possíveis contaminações.

Essas ações garantem uma resposta rápida e eficaz, minimizando riscos tanto para as pessoas quanto para o ambiente.

Documentação

A documentação para transporte de Categoria A inclui:

  • Transporte Aéreo: CT-e ou AWB, DGD, lista detalhada do conteúdo, certificado de conformidade das embalagens, documento de aprovação da Anac ou equivalente para embalagens importadas.

  • Transporte Terrestre: CT-e, informações completas do transporte, nome do responsável técnico, e advertências específicas.

Cuidados no Transporte

  • Equipamentos de Proteção: Uso de EPIs para todos os envolvidos no transporte.
  • Treinamento: Transportadores e equipe devem ser treinados nas normas de embalagem, rotulagem e procedimentos de emergência.
  • Ações em Caso de Incidentes: Seguir protocolos de emergência detalhados para minimizar riscos.

Particularidades do Transporte Aéreo e Terrestre

  • Transporte Aéreo: Substâncias da Categoria A não podem ser transportadas no mesmo compartimento que alimentos ou animais, a menos que devidamente segregadas. Limites de quantidade são estritos: até 50 ml ou 50 g para aeronaves de passageiros e até 4 litros ou 4 kg para cargueiras.
  • Transporte Terrestre: Manter isoladas as amostras infecciosas de outros produtos de consumo. Veículos devem possuir painéis de segurança externos, rótulos de risco e equipamentos com tacógrafo.

Requisitos para Transporte da Categoria B

Acondicionamento e Embalagem

Os materiais biológicos da Categoria B exigem embalagens resistentes e adequadas:

  • Embalagens Primárias: Recipientes de vidro, plástico ou metal que garantam estanqueidade.

  • Embalagens Secundárias: Devem conter as embalagens primárias, protegendo contra impactos e condições adversas.

  • Embalagem Externa: Necessária para transporte aéreo, deve ser robusta e aprovada conforme PI 650.

Rotulagem e Etiquetagem

  • Marca UN 3373: Deve ser claramente visível e legível, posicionado em um losango de pelo menos 50 mm em cada lado.
  • Informações Externas: Nome e endereço do remetente e destinatário, responsável técnico e código da ONU.

Documentação Necessária

  • Transporte Aéreo: CT-e ou AWB, declaração do expedidor, lista detalhada do conteúdo e certificado de conformidade das embalagens.
  • Transporte Terrestre: Documentos fiscais contendo informações detalhadas do transporte e contato de responsáveis técnicos.

Particularidades do Transporte Aéreo e Terrestre

  • Transporte Aéreo: Limite de até 4 litros ou 4 kg por embalagem externa, excluindo materiais refrigerantes.
  • Transporte Terrestre: Não há limitação de quantidade, mas deve-se garantir a segregação de materiais conforme as normas.

Espécime Humano de Risco Mínimo

Espécimes humanos de risco mínimo referem-se a materiais biológicos que, após avaliação profissional, apresentam baixa probabilidade de conter agentes patogênicos. Exemplos incluem amostras de sangue para monitoramento de colesterol ou glicose.

Requisitos de Classificação

  • Julgamento Profissional: Deve ser documentado por um profissional de saúde, incluindo informações como nome, registro profissional e critérios utilizados para classificação.
  • Documentação: Incluir detalhes sobre o acondicionamento, quantidade de amostras, tipo de material refrigerante e assinaturas do profissional responsável.

Conclusão

O transporte seguro de materiais biológicos é essencial para a saúde pública e o progresso científico. Na Full Time Logística, temos o compromisso de garantir que cada etapa desse processo seja realizada com máxima segurança e eficiência, desde o acondicionamento até a entrega final.

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