Conheça as normas do transporte de amostras biológicas!

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Quando falamos no transporte de amostras biológicas, é fundamental termos consciência dos riscos envolvidos. Afinal, o vazamento de conteúdos pode contaminar não só os envolvidos nos processos de transporte, remessa e recebimento dos materiais, bem como pode gerar problemas para toda uma comunidade.

Pense, por exemplo, em uma amostra de um material altamente contagioso vazando em um acidente. As consequências podem ser severas e comprometer a vida de muitas pessoas. Por isso, há uma série de normas definidas pelos órgãos competentes, por meio e resoluções e regras.

Neste artigo, conheça as principais delas e tire suas dúvidas sobre o tema. Boa leitura!

Embalagem para o transporte de amostras biológicas

O primeiro ponto para a realização do transporte de amostras biológicas é a embalagem do conteúdo. Todo o material precisa estar em uma embalagem primária, lacrada de forma adequada, que evite vazamentos, e com a identificação correta. Esse primeiro item deverá ser acondicionado em uma embalagem secundária, que é um saco cristal com lacre de segurança.

Assim, o material deverá ser acondicionado em uma caixa térmica ou geladeira e os responsáveis devem realizar a aferição da temperatura ao realizar a retirada para transporte.

A embalagem terciária, por sua vez, deve ser rígida e em um formato que proteja os materiais de influências externas e da possibilidade de entrar água durante o trânsito. Ainda, deve ter marcações e informações importantes, tais como:

  • nome e endereço do remetente e do destinatário;
  • nome e número de telefone da pessoa responsável pelo conteúdo transportado;
  • classificação correta do material.

Organização do transporte

As amostras devem ser organizadas de forma a evitar que ocorra o derramamento de itens e, também, o choque entre as embalagens. Também, é importante que, por recomendação da Anvisa, o local de armazenamento tenha materiais absorventes e termoisolantes, a fim de evitar contaminação caso ocorra algum extravasamento.

Outro ponto é controlar o tempo de transporte, pois, quando extrapolado, pode comprometer a qualidade e a estabilidade das amostras biológicas até o local de realização do exame.

Classificação de riscos no transporte de amostras biológicas

Um primeiro ponto a ser observado diz respeito à classificação de risco no transporte de amostras biológicas. Assim, será possível identificar os melhores métodos, de acordo com as diretrizes traçadas pela Anvisa e segundo as recomendações da OMS.

Substâncias infecciosas da categoria A

São aquelas que, ao ocorrer exposição a ela, pode ocorrer uma infecção que possa resultar em incapacidade permanente, perigo de vida tanto para seres humanos quanto para animais, sendo categorizada como:

  • UN 2814: substância infecciosa que afeta seres humanos;
  • UN 2900: substância infecciosa que afeta somente animais.

É preciso utilizar as etiquetas ou rótulos de substância infecciosa da categoria A e deve conter, na parte de inferior, a inscrição “substância infecciosa. Em caso de danos ou vazamentos, notifique imediatamente a autoridade de saúde pública”. Até a remessa chegar, deve ter uma pessoa responsável, que deverá ficar de prontidão 24 horas até que ela chegue ao local.

As substâncias, quando levadas em aeronaves, não podem ir no mesmo compartimento de animais, alimentos, rações ou outras substâncias comestíveis. Nos transportes terrestres, elas também devem ser isoladas de gêneros alimentícios e outros produtos de consumo humano ou animal.

O veículo deve ter todas as sinalizações, como painéis de segurança na parte externa, rótulos de risco em veículos e equipamentos com tacógrafo. Também, é preciso ter no veículo um kit de emergência, com o EPI básico, e podem ser necessárias exigências adicionais.

Substâncias infecciosas da categoria B

As substâncias infecciosas da categoria B são aquelas com baixo potencial infeccioso. Normalmente, são amostras nas quais se sabe que contêm agentes infecciosos causadores de doenças em humanos ou suspeita de estarem infectados. Por exemplo, até mesmo amostras positivas para HIV são enquadradas na categoria B.

O material deverá receber a marcação UN 3373, que deve ser exibida na superfície da embalagem externa e deve estar visível e legível. No transporte aéreo, deverá ter o CT-e para transporte aéreo ou AWB para o transporte internacional.

No transporte terrestre, deve ter o endereço completo do destinatário e o telefone de alguém responsável, informações de identificação do veículo e outras informações que forem necessárias. Há, ainda, as classificações de espécime humano de risco mínimo e de material biológico isento, tendo cada uma as suas especificidades que também merecem atenção.

Questões de biossegurança

As ações de biossegurança são fundamentais para garantir o transporte adequado dos itens, sem colocar em risco a saúde de todos os envolvidos na manipulação do material biológico. A pessoa responsável está exposta a contaminações diversas devido ao material biológico e, portanto, é fundamental que seja treinada para lidar com situações adversas. Por exemplo, caso o transportador perceba que a embalagem foi danificada, deverá agir da seguinte forma:

  • evitar o manuseio da embalagem ou evitar, ao máximo, tocá-la;
  • avaliar as embalagens próximas para verificar se houve alguma contaminação;
  • avisar as autoridades locais sobre o vazamento, caso necessário;
  • avisar as autoridades de saúde pública, caso ocorra risco de exposição;
  • notificar o remetente e o destinatário sobre o ocorrido.

Isso deve ser feito independentemente da classificação de risco do material biológico transportado. Por isso, os colaboradores que trabalham com transporte precisam ser treinados para lidar com as regras de biossegurança e, também, para acondicionarem as amostras dentro das padronizações exigidas por lei.

Documentação no transporte

As operações de transporte, segundo a Anvisa, devem ser devidamente registradas, seja de forma física ou eletrônica. Durante o trânsito do material biológico, o responsável deverá portar documentos que comprovem a rastreabilidade da carga transportada. Caso esteja na categoria A, também é preciso alguns outros documentos obrigatórios.

Como você pôde perceber, há uma série de questões envolvidas no transporte de amostras biológicas, que merecem atenção tanto por quem envia quanto por quem vai receber o material. Isso garante mais segurança para todos os envolvidos, evitando problemas que possam gerar questões sérias de saúde. Por isso, conte com uma empresa especializada no transporte desses materiais.

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